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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Finding me: a memoir
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-65-5712-138-2
Editora: BestSeller
Aos oito anos, Viola Davis morava em Central Falls, Rhode Island, periferia na costa leste dos Estados Unidos. Apesar da pouca idade, vivia correndo para lá e para cá, como qualquer criança. Em suas próprias palavras, era uma pestinha desbocada e atrevida, soltando palavrões com as mãos no quadril quando queria desafiar os meninos e os mais velhos.
Se arrumava confusão, recorria à irmã mais velha, Anita, para socorrê-la. Ela era capaz de meter medo em qualquer garoto, mulher ou homem que ousasse desafiar sua família. Durona e cheia de estilo, era talentosa, lutadora e admirada por Viola, que via nela um exemplo a ser seguido.
Ainda pequena, a atriz ganhava concursos de soletração e se sentia muito orgulhosa de mostrar seus prêmios, quase sempre uma singela estrelinha dourada. Desde aquela época, sentia a necessidade de chamar atenção.
A pequena Viola se permitia brincadeiras nas ruas do bairro. Corridas, lutas entre crianças e outras maneiras de competir, ganhando notoriedade entre a garotada, parecia não garantir nenhuma perspectiva de vida. Naquele tempo, ela e sua família buscavam mais sobreviver do que ter uma vida plena. Olhando em retrospecto, dá para perceber que chegar tão longe não era o cenário mais previsto.
Durante muito tempo, a autora não lembrava com precisão de seu passado. Isso porque sentia que os anos de privações, muito antes da fama, eram como feridas cicatrizadas, sem a necessidade de cutucar para sentir dores tão distantes.
Entre as histórias mais duras de seus primeiros anos de vida, Viola cansou de ouvir fatos como parentes se relacionando entre si, a obrigação de sua mãe cuidar dos irmãos aos quatro anos de idade e as constantes traições de seu pai.
Mas essa visão mudou quando “MaMama”, apelido dado pela atriz a sua matriarca, contou pela primeira vez a história de seu nascimento, cheia de ternura e amor. Foi a avó de Viola, em sua casa, a responsável por trazê-la ao mundo, já que a parteira se atrasou e só apareceu quando a menininha já havia nascido.
Em 11 de agosto de 1965, a futura atriz chegava como a quinta de seis filhos, depois que seus familiares passaram a noite bebendo e dançando, esperando com alegria sua chegada ao mundo.
Em uma residência humilde e cheia de problemas, mas muito afetuosa, a mais velha de 18 filhos dava à luz aquela que seria uma das grandes atrizes de Hollywood, não sem antes passar por desafios externos e internos. E quem vê a força na atuação de Viola Davis nas telonas mal sabe quantas lutas ela travou antes da consagração.
Quando pequena, a autora e seus irmãos amavam ir à escola. Ali, viam o paraíso, especialmente porque era um ambiente muito mais estruturado e acolhedor que sua casa.
Houve episódios marcantes nos tempos em que morava em uma casa no número 128, onde sua família dividia espaço com tantas outras em uma espécie de cortiço. Dormir ao lado de ratos correndo para lá e para cá, luz e água cortadas constantemente, impedindo o aquecimento em dias frios e até mesmo a descarga depois que fizessem suas necessidades são só alguns dos exemplos.
Houve um momento em que sua condição de vida parecia ter chegado ao fundo do poço, sem possibilidade de piorar. Os livros e os novos conhecimentos ensinados no colégio eram a única possibilidade de sonhar com um mundo melhor e mais justo para Viola e sua família.
Volta e meia, ela e suas irmãs eram chamadas à sala da diretora da escola. Sempre com medo, a pequena não sabia o que tinha aprontado, porque era muito encrenqueira. Mas em boa parte das vezes a convocação era a doação de sacolas, com itens doados pela administradora para dar um pouco mais de dignidade a quem nitidamente era carente de tudo. Na época em que moravam no 128, um sentimento de vergonha era constante pela pobreza presente na família da futura atriz.
Já passamos da metade deste microbook. E, olhando para trás, Viola nota o quanto as condições de vida naquele número 128 podiam piorar ainda mais.
Em seus últimos meses por lá, uma nova família chegou, os Thompson. Com oito filhos, a maioria meninas, eles atormentavam a autora e suas irmãs, ainda mais quando apanhavam do pai na frente de todos. Não bastasse tudo isso, sua mãe também era espancada publicamente, à vista da família que os observava.
Nessa época, dois dos filhos dos Thompson viviam se cutucando, cochichando e apontando para Viola quando a viam voltando da escola. Então, subiam em suas bicicletas e aceleravam para alcançá-la e atropelar a garotinha de 7 anos de idade. Se você pensa que ela se intimidava, se enganou!
Viola chegou a dar uma surra nos dois, em um dia que se viram obrigados a dar meia volta e nunca mais mexer com a menina tão forte. Depois, os garotos ainda tomaram umas porradas da irmã mais velha da autora.
Nos tempos de perrengues, dificuldades e condições precárias de vida ainda na infância, buscar uma missão no meio artístico era tão distante que sequer era cogitado. O mundo do cinema demoraria uns anos para se deparar com as atuações impactantes, verdadeiros milagres que só a arte proporciona.
Os sonhos de Viola Davis começaram a ser germinados enquanto assistia uma televisão com defeito. Quando ainda morava no 128, precisava que uma TV ficasse em cima de outra, com a antena enrolada em alumínio para a sintonia dos canais.
Era ainda necessário conectá-las a uma extensão, ligada a uma das poucas tomadas que funcionavam dentro de casa. Mas houve um dia em que um novo mundo se abriu diante dos olhos daquela garotinha.
Foi quando uma mulher parecida com sua mãe apareceu em The autobiography of Miss Jane Pittman, um filme lançado em 1974. A personagem Cicely Tyson demonstrava dor, medo, confusão e diversos sentimentos negativos sobre o mundo ao redor. Viola Davis se identificou profundamente, porque compartilhava daquela sensação em seu dia a dia.
Naquele momento, sentiu como se alguém tivesse lhe dado a mão. Era a primeira manifestação de um talento que ainda não havia sido premiado com uma chance de demonstração. Pouco tempo depois, sua primeira performance artística aconteceu, durante a apresentação de uma esquete ao lado das irmãs.
Em cima do palco, Viola percebeu que o mundo poderia ser muito mais que a vida difícil que vivia. Ali, encontrou sua vocação. Uma transformação profunda e irreversível. Mais que vocação, era o encontro com um propósito pelo qual lutaria pelo resto de seus dias.
Após muitos anos atuando no teatro, a vida de Viola Davis se transformou com sua atuação no filme Dúvida. Baseado em uma peça de John Patrick Shanley, a produção estreou em 2008, quando o pai da atriz já havia falecido.
Aos 42 anos, sentiu um frio na barriga ao saber que atuaria ao lado de Meryl Streep. Para fazer parte da adaptação, Viola participou de um teste em Nova York, o primeiro de sua vida para ter vez no cinema.
Quando recebeu a ligação de sua empresária informando que conseguiu o papel, o sentimento de que tanta luta valeu a pena a encheu de alegria. E o filme Dúvida colocou a atriz em outro patamar, especialmente depois de ter sido indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.
Seria a primeira de quatro postulações ao prêmio mais importante do cinema, com a consagração depois de receber a estatueta pelo trabalho em Um limite entre nós. Aquela garotinha que passou por tantas dificuldades chegou longe e tem em sua história de vida uma inspiração para quem trabalha no mundo artístico ou simplesmente admira seu trabalho.
Viola Davis ainda se notabilizou pelo protagonismo na série How to get away with murder, evidenciando o quanto o protagonismo de uma mulher negra dentro das telas é a prática da representatividade, que reflete fora da ficção.
Dessa forma, Viola Davis inspira. E se isso for capaz de transformar a vida de outras garotinhas, para que seus caminhos sejam menos tortuosos que o dela, é sinal de que tudo isso valeu a pena.
Em muitos casos, a superação de desafios parece um mero clichê. Amontoam-se problemas comuns a todos nós durante a vida, para uma finalização de vitória, sorrisos e sucesso, tanto pessoal quanto profissional. No caso de Viola Davis, o lugar-comum não é a regra. Entender tantas adversidades que precisou enfrentar ainda criança demonstra o quanto é incrível ver a força dessa atriz premiadíssima nas telonas. Ela é a prova de que o mundo precisa olhar para as minorias, oferecendo mais dignidade para o aproveitamento pleno de talentos esperando uma oportunidade.
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